segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Acusado de assassinar homossexual é preso por homicídio duplamente qualificado


Priscylla Régia/Alagoas24Horas
Marciel Mota de Lima
Marciel Mota de Lima
Após seis anos, a morte do técnico de enfermagem, José Maciel da Cruz Silva, 29 anos, teve seu desfecho revelado pela Polícia Civil. Na tarde desta segunda-feira, 15, a delegada Ana Luíza Nogueira, coordenadora da Divisão Especial de Investigações e Capturas (DEIC), apresentou à imprensa o principal acusado no brutal assassinato, Marciel Mota de Lima, 30 anos, que estava foragido desde 2006, ano em que ocorreu o homicídio.
A delegada disse à imprensa que o acusado foi preso na semana passada no município de Contagem, em Minas Gerais. A prisão se deu com o apoio da polícia local. “A prisão foi possível graças à integração entre as polícias de Alagoas e Minas Gerais. O mandado de prisão foi cumprido e o acusado, que trabalhava como técnico em informática, foi recambiado para Alagoas pela equipe da Seção de Capturas e Custódias Especiais da DEIC”, contou Nogueira.
Segundo a delegada, o acusado possuía um relacionamento amoroso com a vítima e tinha um histórico de violência contra homossexuais. “Há pelo menos seis registros de agressões anteriores ao assassinato de José Maciel. Ele não chegou a ser preso, mas era apontado como uma pessoa violenta”.
As razões para o crime não foram esclarecidas pelo acusado, que não quis falar com a imprensa. A delegada se limitou a dizer que o acusado “sentiu vontade de matar”. Marciel Mota vai responder por homicídio duplamente qualificado, já que a vítima não teve qualquer chance de reação.

O Crime

O homossexual foi encontrado dentro da sua residência, com pés e mãos amarrados, com a boca colada, além de várias lesões provocadas por objeto perfuro-cortante. Seu brutal assassinato provocou várias manifestações das entidades ligadas aos direitos dos homossexuais e seis anos após o crime a polícia afirma ter chegado ao assassino.
O crime obteve grande repercussão em todo Estado e no Brasil, uma vez que a vítima, homossexual assumido, gozava do respeito da comunidade local, por desempenhar trabalho na área de saúde junto à população. Técnico em enfermagem, José Maciel havia vencido em 2004 o concurso de Miss Coruripe Gay.
Na época do assassinato, uma vizinha da vítima chegou a ser detida. Na ocasião, o inquérito presidido pelo delegado Waldecks Pereira dava conta que José Maciel havia recebido, após voltar da aula em Maceió, dois amigos em sua residência. Vizinhos ainda relataram som alto durante a madrugada, possivelmente para encobrir os gritos da vítima. No local também foi encontrado preservativo, que indicava que a vítima havia mantido relações sexuais com o seu algoz.

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Marciel Mota de Lima
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