Mototaxista é morto em Manaus e família diz que alvo era o passageiro

Adneison Severiano Do G1 AM

Johnny Alves morreu logo após chegar a hospital
(Foto: Arquivo pessoal)

O mototaxista Johnny Alves Batista, de 29 anos, morreu na noite desta sexta-feira (4), após ser atingido com dois tiros de arma de fogo enquanto conduzia um homem em uma motocicleta, na Zona Leste de Manaus. Familiares da vítima relatam que o alvo do atentado era o passageiro, que ficou ferido.
Segundo o gráfico Kennedy Batista, de 38 anos, que é tio de Johnny, o mototaxista foi abordado pelo homem na Avenida Itaúba, que propôs uma corrida até a Rua Preciosa, situada no bairro João Paulo II.
Por volta das 23h, quando já se aproximavam do local combinado, dois homens em uma moto iniciaram uma perseguição e conseguiram alcançar as vítimas antes mesmo de chegarem ao destino final. "O Johnny foi atingido com dois tiros de arma de fogo, sendo um nas costas e outro no rosto. Já o passageiro foi baleado com um tiro", contou Kennedy.

saiba mais

• Em 10 anos, Manaus registra aumento de 166,3% dos casos de homicídio
• Autônomo é executado em frente a bar, na Zona Norte de Manaus
• Jovem é morto em Manaus por dívida com traficantes, dizem familiares

O mototaxista foi socorrido e levado para o Hospital Pronto-Socorro (HPS) Platão Araújo, mas não resistiu aos ferimentos. O passageiro também foi encaminhado para a unidade hospitalar, onde permanece internado.
Os familiares do mototaxista disseram que ele não conhecia o passageiro e que era a última corrida da noite. De acordo com Kennedy Batista, logo depois do crime, o homem, que supostamente era o alvo do atentado, contou à polícia que conhecia os suspeitos desde a infância.
"Meu sobrinho estava no local, na hora e com a pessoa errada. Johnny era uma pessoa boa, um trabalhador que depois que perdeu emprego de segurança começou a trabalhar de mototaxista para pagar aluguel e sustentar a filha de seis anos", enfatizou o gráfico.
O assassinato e a tentativa de homicídio foram registrados no 14º Distrito Integrado de Polícia (DIP). A polícia deve intimar a vítima que sobreviveu para colaborar com as investigações.