sábado, 26 de abril de 2014

Integrante dos Imbatíveis é morto a tiros em loja nos Barris


Lucas Chapolin, à direita na foto, em evento da torcida Os Imbatíveis
  • Luís Victa Filho | Foto do Leitor
    Chapolin era dono da loja de suplementos
  • Reprodução | Facebook Lucas CH Chapolin
    Puxador da torcida animava o Barradão nos jogos do Vitória
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    Puxador da Torcida Uniformizada Os Imbatíveis (TUI) - a principal organizada do Esporte Clube Vitória- e um dos fundadores da agremiação, Lucas dos Santos Lima, 35 anos, o Chapolin, foi executado com quatro tiros.
    No momento do crime, ele estava sozinho na loja de suplementos alimentares Nutre Muscle, de sua propriedade, localizada na Rua General Labatut, nos Barris, próximo à Biblioteca Pública da Bahia.
    Segundo testemunhas, um homem trajando bermuda jeans e camisa verde chegou ao estabelecimento por volta das 12h30 e efetuou os disparos no rosto, nuca e cabeça da vítima.
    "Estava aqui na frente [na portaria de um prédio] e ouvi três tiros. Quando saí, tinha um homem correndo na rua com o revólver na mão", narrou um morador do local sem se identificar.
    Ainda segundo ele, o assassino seguiu em direção à Rua Mesquita dos Barris, ao lado da Faculdade Anhanguera, onde um veículo de cor branca o aguardava. "Quem fez sabia a rotina do bairro. Na hora, a rua estava tranquila".
    Carisma
    Morador do bairro de Mussurunga, Chapolin era querido por familiares, amigos e integrantes da TUI. "Meu irmão, meu sangue, minha vida. Fundamos a torcida. Falava com ele todos os dias. Mandei uma foto dele no jogo de ontem [anteontem, no Estádio de Pituaçu] pelo WhatsApp", lamenta um amigo que pediu anonimato por temer represálias.
    Sem compreender o que poderia ter motivado a morte do amigo de infância, ele contou que Chapolin era uma pessoa brincalhona e tranquila. "Morei em Mussurunga por 20 anos, crescemos juntos. Ele não se envolvia em brigas, ficava apaziguando a galera", destacou.
    Segundo a delegada do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Marilene Lima, o crime tem indícios de execução.
    "Ainda não temos uma linha de investigação, embora ele fosse um dos líderes de torcida organizada. Mas não descarto nenhuma possibilidade. A priori, não tem relação com briga entre torcidas organizadas", avalia.
    Contatado pela reportagem, o presidente da TUI, Gabriel Oliveira, descartou a relação do crime com briga de torcidas. "Ele era uma pessoa maravilhosa, não  se envolvia com nada. Não temos suspeitas. Ele era a última pessoa que imaginaria  que poderia ser assassinada", afirma.
    Em nota, o Conselho Diretor do Esporte Clube Vitória lamentou a morte. "A família rubro-negra solidariza-se com a família do jovem torcedor", diz trecho do documento assinado pelo presidente Carlos Sergio Falcão.
    A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o caso.

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