quinta-feira, 11 de julho de 2013

Playboy: PM acusado de matar foragidos foi contratado por uma das vítimas Prova técnica coloca Polícial Militar na cena do crime.

Amanda Dantas
Alagoas24horas
Segundo PC, trio praticava crimes há tempos
Segundo PC, trio praticava crimes há tempos
Durante coletiva concedida na manhã desta quinta-feira, 11, na sede da Delegacia Geral da Polícia Civil, a delegada Ana Luiza Nogueira descartou qualquer relação entre o policial militar apontado como o assassino dos então foragidos da Operação Playboy com o restante da quadrilha. Segundo Nogueira, o caso não está sendo tratado pela polícia como queima de arquivo e sim como crime de encomenda.
Na versão da PC, o sargento da PM Joseildo Ferreira Cavalcante foi contratado por uma das vítimas da quadrilha para executar os membros do bando. Através de provas técnicas a polícia conseguiu colocar o policial militar na cena do crime. Além disso, o veículo encontrado com o sargento é o mesmo que vinha sendo monitorado pela polícia e usado pela quadrilha durante os assaltos realizados na área nobre de Maceió. “Provas técnicas que não podemos revelar para não atrapalhar as investigações colocam o policial na cena do crime. Além disso, um carro Fiesta, de cor branca e placa ORG – 2340, usado pelos criminosos foi encontrado na casa do policial no cumprimento dos mandados de prisão e busca e apreensão”, explicou a delegada.
A teoria da polícia é de que o policial militar vinha monitorando os integrantes da quadrilha que frequentavam sempre os mesmo lugares e que sequestrou Edvaldo Neto e Sylvio Bismark usando o carro dos criminosos, agora vítimas.
Um detalhe sobre Edvaldo Neto, encontrado sem língua e sem os olhos, é que ele - apesar de franzino - foi apontado pela maior parte das vítimas como o mais agressivo do bando. Nogueira confirmou ainda que os dois foram mortos na noite de terça-feira. Sobre o mandante, a delegada disse que a polícia ainda busca maiores informações e que a PC não irá se pronunciar hoje sobre quem teria contratado o PM. “Este assunto ainda requer investigações”, afirmou.

Apreensões

Com a quadrilha e o policial a polícia apreendeu garrafas de uísque, armas, munições, computadores de mão, uma moto e três carros. Além de roupas e sacolas de uma loja de onde a polícia tem um vídeo que comprova a ação do bando.
Outro indício que aponta os acusados como integrantes da quadrilha é a confirmação de 11 vítimas que realizaram Boletins de Ocorrência de sequestro relâmpago nas últimas semanas e reconheceram o trio.

Acima de qualquer suspeita

Quanto ao trio, os mandados de prisão e busca e apreensão foram expedidos pela 17ª Vara Criminal. Dênis Viana Siqueira, de 26 anos, José Idalino Neto (o Zé Neto), de 25, e Alexandre de Melo Teixeira, de 26, responderão pelos crimes de formação de quadrilha e sequestro.
Ana Luiza confirmou que o objetivo do bando era roubar para, em seguida, ostentar o fruto do roubo. “Eles roubavam cartões de créditos das vítimas e efetuavam compras no valor de até R$ 15 mil.

Modus Operandi

A maioria das vítimas escolhidas pelos criminosos era de idosos ou que possuíam carros luxuosos. Os criminosos roubavam cartões de crédito e realizavam compras em lojas de grifes da área nobre da capital. A polícia também vai investigar a possível participação de funcionários.
Em um vídeo recuperado pela PC, dois acusados são vistos agindo no interior de uma loja. A dupla havia sequestrado a vítima, levado-a até um caixa eletrônico e sacado certa quantia em dinheiro. Em seguida os criminosos chegam à loja e tentam usar o cartão de crédito da vítima para efetuar novas compras.

Galeria de Imagens

José Idalino Neto
Alexandre de Melo Teixeira
Denis Viana de Siqueira


Delegados apresentaram detalhes à imprensa

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