Alex da Silva, 21 anos, conhecido como “Gol bola”, e Wellington dos Santos Barros, o Chinês, de 20 anos, foram apresentados na Delegacia Geral da Polícia Civil na tarde desta quarta-feira, 18, como supostos integrantes de uma quadrilha acusada de vários crimes, entre eles mais de 20 homicídios.
O grupo é acusado ainda de tráfico, latrocínio, assaltos a ônibus e ocultação de cadáver na região de Riacho Doce.
O delegado Gilson Rego, da Delegacia de Homicídios, disse, durante coletiva à imprensa, que a operação Riacho Doce, deflagrada pela Polícia Civil em conjunto com a Força Nacional (FN), cumpriu dois dos quatro mandados de prisão expedidos pela 9ª Vara Criminal da Capital.
Dois acusados de participarem da quadrilha são considerados foragidos: Jadison Berto Santos Silva, o Dado, e Henrique Moraes Omena, conhecido como Riquinho.
Riquinho é apontado por testemunhas como chefe da organização criminosa. Já Dado, foi apontado pelos comparsas como o autor dos disparos que mataram o garçom José Cláudio Jacob da Silva, de 19 anos, no dia 8 de julho, em um restaurante no Mirante da Sereia.
Nas investigações da morte do garçom, a Polícia Civil descobriu que o crime foi motivado por uma discussão sobre futebol, onde havia envolvimento de membros de torcidas organizadas de Alagoas.
“Os acusados são indivíduos de alta periculosidade e responsáveis por aterrorizar os moradores da região. As investigações começaram após esse assassinato, que aconteceu por motivo fútil: uma discussão sobre futebol. Os dois que foram presos hoje negaram participação e afirmaram que o crime foi cometido por Dado”, explicou o delegado, acrescentando que a quadrilha age há cerca de cinco anos na região.
Os acusados serão submetidos ao exame de corpo de delito. Em seguida, serão levados à Casa de Custódia da Capital.
Redução de Homicídios
Após a apresentação dos suspeitos, os delegados Gilson Rego e Carlos Reis fizeram um breve balanço da ações da PC após a implantação do Plano Brasil Mais Seguro – Alagoas. Segundo os delegados, em 20 dias foram registrados 34 homicídios na capital, o que representa uma redução de 37% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 53 homicídios.
“Há cinco anos existiam quatro mil inquéritos para serem remetidos à Justiça, agora, 1.600 já foram encaminhados. Só ontem, foram 70”, afirmou o delegado Carlos Reis, explicando que embora a PC esteja fazendo o “dever de casa”, a falta de delegados, de infraestrutura e investimentos na segurança pública são fatores que ainda precisam ser sanados para o melhor andamento dos trabalhos.
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