quinta-feira, 15 de maio de 2014

Greve da PM » Líder do governo rebate críticas de liderança grevista: "Isso é um pretexto"

O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Waldemar Borges (PSB), rebateu as declarações da tenete-coronel que comanda paralisação da Polícia Militar, Conceição Amparo, sobre falta de infra-estrutura excesso de pressão e carga de trabalho. “Isso é um pretexto. Ela sempre participou das reuniões do Pacto Pela Vida fazendo elogios, dizendo que o Pacto era um meio de eficaz de resolver as coisas. Me estranha muito a opinião dela (agora)”, disse Borges na manhã desta quinta-feira (15).

Ainda de acordo com o socialista, “nunca houve investimentos tão altos” na segurança pública. O deputado lembrou, ainda, que no início do ano, a categoria recebeu um aumento de 14%. “O percentual dado foi acima da inflação e feito antes de abril, justamente por conta do prazo”, afirmou, destacando que a justiça eleitoral proíbe a concessão de benefícios após o mês de abril durante anos de campanha, como é o caso de 2014.

A tenete-coronel Conceição Amparo seria pré-candidata a deputada estadual. De acordo com fontes políticas esse seria um dos principais motivo por trás do engajamento dela na mobilização dos policiais. Até o momento, ela é a única oficial a apoiar abertamente o movimento, iniciado em Pernambuco na noite da última terça-feira (13). Conceição Amparo é ex-mulher do atual comandante da PM e responde processo por indisciplina no Ministério Público Militar.

Líder da oposição no legislativo, o deputado estadual Sérgio Leite (PT), recém chegou de viagem e durante a tarde deve conversar com alguns deputados para se atualizar da situação em Pernambuco. Ele estava em Brasília, onde participou de negociações com sindicatos e associações ligadas à Polícia Federal, que esta semana ficou liminarmente impedida pela justiça de realizar greves durante a Copa do Mundo. “Vamos ajudar no que for preciso, sentar e conversar”, declarou.

Sobre a greve envolver interesses políticos, o deputado destacou o fato de a Associação de Cabos e Soldados, que reúne os profissionais da categoria paralisada, estar sem direção por determinação há alguns meses. “Uma greve precisa ter uma liderança e essa greve fugiu à regra normal. Então cria-se uma disputa interna para ver quem vai assumir. É algo frágil. Tem interesses muito difusos”, falou o petista.

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