terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Padrasto de jovem assassinada com dinamite teria deixado bilhete com dicas sobre enterro Ele supostamente queria ser enterrado com toalha do Flamengo

A polícia de Goiás encontrou um novo bilhete na casa de Loanne, a jovem que foi assassinada com explosão de dinamite em Pirenópolis, a 150 km de Brasília. E a suspeita é que a letra seja do padrasto, Joaquim, que também foi encontrado morto, abraçado a jovem.  
No bilhete, Joaquim supostamente diz para doar tudo que era dele e pede para enterrá-lo com uma toalha do Flamengo. O delegado Rodrigo Luiz Jayme vai enviar essa nova prova para o exame grafotécnico que vai apurar se a letra é mesmo do padrasto.  
O corpo da estudante de enfermagem foi encontrado, na terça-feira (17), ao lado do corpo do homem, em um bosque da cidade goiana. A principal suspeita da polícia é de que o próprio padrasto tenha sido o responsável pelo crimeA polícia investiga ainda uma carta e um bilhete recebidos por Loanne.  
— Ele tinha um sentimento de posse por ela e demonstrava uma paixão e ciúmes fora de controle. Acreditamos que ele planejou tudo.

Jayme informou que a mãe de Loanne, Sandra Rodrigues da Silva, esteve na delegacia para prestar esclarecimentos e afirmou que, de fato, o marido, com quem foi casada durante sete anos, tinha um carinho enorme pela moça, mas não acredita que ele tenha sido o responsável por tudo o que aconteceu.
— Ela nos afirmou com clareza, em conversa informal, que o marido vigiava Loanne nas festas, ligava o tempo todo no celular demonstrando preocupação e um ciúme incontrolável. Quando ela não atendia, insistia até que atendesse e chegava a ser agressivo quando isso acontecia. Apesar disso, ela nega que pudesse haver qualquer tipo sentimento ou envolvimento amoroso entre os dois.
Bilhete
Um suposto bilhete escrito pelo padrasto para a enteada reforça a tese de que a relação que ele tinha com ela não era somente paternal. No texto, o padrasto se mostra contrariado porque a enteada teria pintado o cabelo. Ele reprova a mudança no visual e diz que não quer mais vê-la. Agora, a polícia de Goiás vai pedir exames grafotécnicos no bilhete para comparar com a letra da carta que a jovem recebeu em maio deste ano com ameaças.  
O autor da carta lamenta que a jovem tenha  sobrevivido a um ataque que sofreu na porta de casa em abril. E ainda comenta: “Desta vez, seu padrasto maldito não vai estar por perto”.  
Para a polícia, a carta pode ser uma artimanha usada por Joaquim para disfarçar a obsessão que teria por Loanne. Em depoimento, o filho do primeiro casamento de Joaquim disse que notava que o pai tinha muito cuidado com a enteada.  
O delegado disse que em abril, Loanne levou uma paulada na cabeça quando chegava em casa. Os ferimentos na cabeça da jovem foram tão graves que ela precisou ficar internada durante alguns dias no Hospital de Urgências de Anápolis, onde morava. Na ocasião, um boletim de ocorrência chegou a ser registrado, mas as investigações não continuaram.
Objetos eram do padrasto
Os corpos de Loanne e do padrasto foram encontrados "dilacerados", com diversos ferimentos na barriga e alguns órgãos para fora. No local, foram encontradas cordas, correntes, barraca, faca e até um colchão que, para o delegado, pertenciam ao padrasto da moça.

Para investigar a fundo o caso, a polícia também vai pedir na Justiça a quebra do sigilo telefônico da mãe da jovem. Apesar de ela não ser suspeita, a hipótese de envolvimento de outras pessoas no crime não está descartada.

Do R7, com TV Record Goiás


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